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Você mudou seus valores nessa pandemia? O que será o “novo normal”?

                A pandemia alterou consideravelmente nossa rotina pessoal e profissional. Nosso convívio social ficou restrito, e em muitos locais ainda está, e nossa casa se tornou o local onde trabalhamos e, atualmente, realizamos quase todas as nossas atividades diárias.

                Muito se fala sobre um novo normal e um mundo diferente no pós-pandemia, com alterações nas nossas percepções de valores e consumo, e de fato muitas pessoas perceberam esta mudança. Mas você acredita que seus hábitos mudaram, suas preocupações atualmente são outras?

Pesquisas vêm apontando que o mundo digital chegou para ficar, e que é cada vez mais comum e intensa a utilização de plataformas e serviços oferecidos de forma online, como videoconferências, e-commerce e delivery.

                Os serviços e a própria população tiveram que se adaptar rapidamente a esta nova realidade, e outra evidência é o teletrabalho ou o, agora famoso, ‘home office’ que também se tornou parte do cotidiano. Empresas e profissionais também se adequaram e transformaram o novo ‘status quo’ da sociedade atual, o qual provavelmente perdurará por muito tempo, pois muitas empresas pretendem manter o home office mesmo depois que as restrições de isolamento forem flexibilizadas e os profissionais também gostariam de trabalhar remotamente com mais frequência.

                O isolamento social e a ampliação do home office fizeram com que a maior permanência em casa fosse inevitável, e isso impacta em uma alteração na rotina, mudança no deslocamento das pessoas, e transforma o uso dos espaços e a relação do indivíduo perante ele. Se as mudanças estão acontecendo no meio social, é incontestável afirmar que elas também estão ocorrendo no meio ambiente. Se pode perceber importantes alterações na natureza, como as águas límpidas dos canais de Veneza e animais silvestres ocupando espaços urbanos ao redor do mundo, por exemplo. E consequências na produção de resíduos e no consumo de energia e água não deixam de ser relevantes.

                A pandemia e seus efeitos surpreendentes no meio ambiente serviu como um empurrão para o consumidor optar por escolhas mais conscientes na hora da compra. Marcas locais e sustentáveis, a priorização de itens essenciais e com melhor custo/benefício, e até a diminuição no desperdício. Percebe-se que o público hoje está mais preocupado com o coletivo, e vem exigindo das empresas maior responsabilidade com a sociedade, como um todo.

                Você já pensou nisso? Uma comunidade mais consciente e responsável deve partir de dentro da sua casa, com a mudança de seus hábitos, mas de maneira descomplicada. E uma revolução na produção de seus resíduos em casa é um ótimo começo.

Evitar desperdícios no consumo pode gerar uma grande diminuição na produção de resíduos em casa e são pequenas ações como: elaborar uma lista de compras a partir de um cardápio, adquirir produtos concentrados em embalagens menores, escolher produtos a granel podem ajudar muito. E depois da utilização dos produtos, fazer a separação dos materiais recicláveis, dos orgânicos e do rejeito também é uma ação fundamental para o início de uma destinação mais adequada dos resíduos que produzimos. Além disso, os resíduos orgânicos podem ser tratados em casa mesmo com uma composteira doméstica, todas essas são pequenas ações que trazem grande impacto positivo quando somadas. E você tem feito algo assim? Começou a pensar e ter uma atitude mais consciente por conta da Pandemia?

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Você já pensou na diferença entre consumo e consumismo?

E em mudar pequenos hábitos para depois fazer mudanças maiores?

Diversos são os caminhos que podemos trilhar para comprar de maneira mais sustentável e consumir de maneira mais consciente. Podemos começar de uma maneira mais radical ou então ainda de uma maneira paulatina, indo aos poucos e passo a passo.

A ideia do texto é trazer luz á discussão de como podemos ter atitudes sustentáveis, pouco a pouco no nosso dia a dia para que cada vez mais nos tornemos críticos ao nosso consumo num caminho mais consciente, evitando o consumismo exagerado (se isso não for um pleonasmo) para evitar desperdícios e combater a produção desnecessária de resíduos.

“O consumismo é um estilo de vida orientado por uma crescente propensão ao consumo de bens ou serviços, em geral supérfluos, em razão do seu significado simbólico (prazer, sucesso, felicidade), frequentemente atribuído pelos meios de comunicação social.”

É diferente de consumo,  “no consumo, o ato de compra está ligado à necessidade, à sobrevivência, coisas indispensáveis à vida e ao bem-estar, como por exemplo: água, comida, energia. O consumismo está veiculado ao gasto de produtos sem utilidade imediata, ou seja, supérfluos, como por exemplo: mais um sapato, um anel de ouro.”

Pode parecer que não, mas os recursos na Terra são finitos e escassos. Ter um consumo mais adequado evitando desperdícios contribui de maneira efetiva para a resilência dos sistemas e consequentemente para a nossa permanência por aqui.

Catrastrófico, não é mesmo? E infelizmente, é… rsrsrsr

Consumimos mais do que o planeta consegue repor e poluimos mais do que jamais poluimos. Somos 7,6 bilhões de habitantes no mundo e cada vez temos necessitado de mais recursos. Uma das medidas que comprova isso é o Dia de Sobrecarga do Planeta ou em inglês Earth Overshoot Day. Essa é a data que marca que a demanda da humanidade por recursos e serviços ecológicos ultrapassou a capacidade de regeneração da Terra.
No ano de 2020, essa data foi inferior do que aconteceu em 2019. Isso aconteceu muito por conta da pandemia, e da redução considerável de emissão de CO2.

Mas e daí? Como podemos fazer algo, aparentemente pequeno, para um impacto real?

Pode parecer que não, mas não pedir embalagens em excesso, como bandejas de isopor para frios, hortifrutis e carnes já é o inicio de uma contribuição. Não utilizar sacolas plásticas descartáveis e menos ainda utilizar mais de uma para as compras, é um pequeno gesto e importante. É realmente uma questão de hábito, por exemplo, pensar sempre antes de ir as compras em levar uma sacola durável. Essas são pequenas coisas, que podem ser feitas para iniciar um caminho. Depois desses passos mais fáceis, é possível pensar em maiores avanços como: trocar a escova de dentes convencional pela de bambu, substituir o shampoo e condicionador líquidos pelo sólido, usar coletor menstrual ou calcinhas absorventes ao invés de absorventes descartáveis, ter uma composteira doméstica, trocar um veículo a combustão por um veículo elétrico, usar produtos de limpeza concentrados ou em cápsulas.

Diversas são as empresas que oferecem produtos cada vez mais sustentáveis e que tem preocupação com seu ciclo de vida. Você conhece mais empresas assim? Faz parte de alguma delas? Conhece produtos e marcas com essa pegada? Coloque nos comentários.

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Não é porque é reciclável que será reciclado

Infelizmente a frase que dá título ao texto é uma verdade aqui no Brasil: “Não é porque é reciclável que será reciclado”.

E sabe o motivo dessa afirmação ser verdadeira no cenário nacional?

Um terço do resíduo doméstico que produzimos, e que poderia ser reciclado, pois é reciclável, ainda continua indo para o aterramento no solo, feito tanto de maneira ‘adequada’ em aterros sanitários, como depositado de maneira indevida em lixões ou aterros controlados. É vergonhoso, mas ainda existem no Brasil, 1493 lixões e 1508 aterros controlados (que são praticamente lixões). Esses dados de 2018, demonstram que ainda estamos enterrando riquezas e recursos e poluindo nossos solos e água com a destinação inadequada dos nossos resíduos.

Muitos são os motivos que contribuem para que essa realidade não mude no Brasil, e ainda podemos analisar essa questão em diversas esferas.

No âmbito governamental, temos problemas pois historicamente nosso saneamento básico ficou sem investimentos e ainda tem investimentos incipientes. As prefeituras municipais que são as principais responsáveis pela coleta e destinação dos resíduos não tem estrutura para gerenciar seus próprios resíduos e muitas ainda não possuem seu Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PMGIRS) como previsto na Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS).

O PMGIRS é o primeiro passo para o entendimento da situação do município em relação a produção de resíduos, trazendo seu diagnóstico e levantando possibilidades sobre sua destinação, e dos 5570 municípios existentes no Brasil, 2517 deles ainda não possuem o plano.

No âmbito empresarial outras questões são críticas, como a falta de incentivo para a utilização de materiais reciclados, pois não há um desconto ou imposto diferenciado para isso. Na verdade ocorre a bitributação até a tri tributação, uma vez que foi comercializado aquele material teve tributação, e quando retorna a cadeia produtiva ele é tributado novamente.

Outro ponto é a falta de material reciclável de qualidade disponível para as empresas recicladoras. Atualmente no Brasil dos 5570 municípios somente 1322 declararam ter alguma iniciativa de coleta seletiva, o que representa apenas 23,7% do total das cidades brasileiras.

Foto por Magda Ehlers em Pexels.com

Já no âmbito civil ou do ponto de vista do consumidor, ainda falta muita consciência sobre o consumo e sobre as escolhas e atitudes que realmente reduzam o impacto.

Além disso, a informalidade na cadeia de resíduos e os intermediários que não agregam valor ao material, apenas aumentam seu custo e logística, tornam a reciclagem e a logística reversa inciativas caras e pouco eficientes para serem fomentadas pelas indústrias.

A PNRS prevê a responsabilidade compartilhada pela gestão dos resíduos incluindo o cidadão. Está em nossas mãos fazer boas escolhas e ainda iniciar e finalizar a cadeia de produção de resíduos e depois de retorno destes de maneira virtuosa, ou seja, escolhendo de maneira consciente o que vai consumir e não cometendo exageros.

A ação prioritária que norteia a nossa lei de resíduos é a não geração em primeiro lugar e depois a redução.

Indicadores que mostrem o que deixou de ser gerado ou que foi reduzido no Brasil ainda não existem porém a consciência do consumidor deve ser cada vez maior em relação a sua importância, pois somos peças chaves para uma real mudança.

Com todo o cenário apresentado o que podemos perceber que a questão dos resíduos sólidos e os baixos índices de reciclagem no Brasil, são uma somatória de problemas e gargalos em toda a sua cadeia.

A atuação em conjunto das esferas governamentais, os compromissos dos setores empresariais, os fomentos as cooperativas, o aumento do parque reciclador e sua distribuição mais uniforme pelo país, o investimento em programas de educação ambiental ao cidadão, inclusive a aplicação de taxas e multas sobre o geração de resíduos são caminhos possíveis e que devem ser adotados concomitantemente para que a destinação adequada dos resíduos seja efetiva e que os índices de reciclagem aumentem.

O que precisamos pensar e ter em mente é que não existe apenas um modelo, apenas uma solução e apenas uma ação, diversas são as atitudes que temos que adotar para que consigamos enfrentar esse problema complexo. 

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Reciclável x Reciclado

Você sabe qual a diferença entre reciclável e reciclado?

Parece óbvio a diferença entre o que é reciclável e o que é reciclado, certo? Mas as vezes nos confundimos com essas palavras e as usamos de maneira não muito correta.

Reciclável, no dicionário é um adjetivo, e trata da característica ou qualidade do material passar pelo processo de reciclagem, ou seja, de ter capacidade de ser recuperado e retornar ao processo produtivo para ser transformado em um novo produto e utilizado novamente.

Portanto, um material reciclável é aquele que possui potencial para ser reciclado e que dada as suas características, poderá retornar ao processo produtivo depois de ter passado por uma reciclagem. Por exemplo, alumínio é reciclável, pois é passível de ser utilizado novamente após o processo de recuperação, inclusive retornando até como o produto original. Por exemplo: lata de bebida que retorna como lata de bebida.

Reciclagem, no dicionário, é ação ou efeito de reciclar, recuperar, de reutilizar ou de dar novo uso a algo já utilizado: os materiais serão reaproveitados com técnicas de reciclagem.

Já reciclado, vem do verbo reciclar, e significa que aquele material foi recuperado, ou seja, já passou pelo processo de reciclagem, recuperação. Por exemplo, se um produto é classificado como sendo de material reciclado, ele já passou por um processo produtivo e agora está retornando ao consumo. Isso pode ser infinitamente para alguns materiais (como alumínio, vidro ou aço) ou finito para outros (como alguns polímeros plásticos), uma vez que podem perder características importantes em cada processo de reciclagem.

Muitas vezes depois de reciclado, o material volta a ser comercializado em um ‘nível inferior’ de utilização ou de qualidade se comparado ao que foi concebido inicialmente. Plásticos reciclados podem retornar como conduítes ou então sacolinhas que viram vasinhos. Mesmo assim, utilizar produtos que são reciclados, significa não extrair matérias primas e mais recursos do meio ambiente e se torna uma importante contribuição para redução dos impactos.

Além disso, mesmo sendo reciclável e passível de ser reciclado, pode ser que um material não retorne a cadeia produtiva, simplesmente, porque sua logística de retorno é custosa. Isso acontece com o isopor que é reciclável, porém não é reciclado.

Portanto, nem tudo que é reciclável é reciclado, e infelizmente isso é uma realidade assustadora no Brasil. Apenas 3% da produção total de resíduos sólidos urbanos no Brasil é reciclada, sendo que  poderia chegar até 30%, uma vez que essa é a porcentagem de material com características para ser reciclado.

Para reverter essa lógica um dos caminhos é ter um consumo mais consciente e optar por embalagens que são recicláveis e recicladas, como alumínio, ou então que podem ser compostadas, como é o caso de algumas embalagens de papel ou mandioca.

Ter embalagens feitas de materiais que são recicláveis é fundamental, porém o mais importante ainda é fomentar a cadeia de reciclagem e logística reversa para que esses materiais sejam efetivamente reciclados.

Ainda há um grande caminho a ser percorrido, inclusive referente a tributação dos produtos reciclados e os custos de materiais primas virgens de alguns materiais, por isso é fundamental a consciência no consumo. Recusar utilizar embalagens de uso único (inclusive isopor), optar por materiais recicláveis e reciclados, pode ser um bom início. 

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World Clean Up Day! Bora limpar o planeta?

O World Clean Up Day é o dia Mundial da Limpeza. Um evento que acontece internacionalmente promovido pela Let´s Do It World, uma organização global que reúne mais de 150 países.

Em 2019 o World Clean Up Day aconteceu em 180 países e teve a participação de mais de 21 milhões de voluntários. https://www.worldcleanupday.org/

Esse ano a data escolhida será amanhã dia 19 de setembro. É um dos maiores movimentos cívicos do mundo em prol do planeta.

A ideia começou na Estônia, em 2008, quando 50 mil voluntários durante 5 horas se uniram para limpar o país. A partir desse dia uma chama acendeu e esse movimento começou a se tornar global, inspirando outras pessoas ao redor do mundo a fazer o mesmo.

O Dia Mundial da Limpeza aproveita o poder das pessoas ao redor do mundo para realizar coisas incríveis, mostrando que cada ação conta e faz toda a diferença.

Vamos nessa?

Você pode participar de diversas formas, tanto de maneira coletiva em alguma ação que acontecerá na sua cidade, como de maneira individual na sua casa, bairro ou família. Pode ser coletando resíduos, limpando uma praça, fazendo uma composteira doméstica ou até realizando uma limpeza digital.

Isso mesmo, Limpeza Digital!!!

Imagina a quantidade de lixo digital armazenado nos nossos smartphones, tablets, laptops, PCs e servidores. Excluindo arquivos desnecessários, aplicativos que não utilizamos, fotos e videos duplicados,  estaremos aumentando a vida util dos nossos aparelhos, economizando recursos e reduzindo emissão de gases de efeito estufa.

“A pegada de carbono da Internet e dos sistemas que a suportam é responsável por cerca de 3,7% das emissões globais de gases do efeito estufa, o que é semelhante à quantidade produzida globalmente pela indústria aérea. Alguns estudos estimam que em uma década a rede da Internet produzirá 20% dos gases de efeito estufa do mundo.”

E além da limpeza digital, outro ponto importante e que faz toda a diferença é praticar a separação do lixo em casa. Você faz isso? Se não, bora começar? Amanhã será um ótimo dia para isso!

A separação dos resíduos em casa é o primeiro passo para conseguirmos dar a destinação adequada a eles. Pense nisso!

Comece separando o reciclável, do material orgânico e do rejeito. Também é importante ter atenção ao óleo usado em casa e aos resíduos eletrônicos. Cada material tem uma destinação específica, pode dar até um pouco de trabalho, mas vai valer a pena. Cada contribuição e atitude contam e fazem toda a diferença.

Aqui no Brasil o movimento é liderado pelo Instituto Limpa Brasil. https://www.limpabrasil.org/

O mais importante é fazer sua parte e mensurar os resultados. E, se puder, registre sua atitude em uma foto com os três dedos pra cima fazendo um ‘W’, publicando nas redes sociais com as hashtags  #threefingersup #worldcleanupday #eucuidomeuquadrado

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Você já ouviu falar de compostagem?

Compostagem é o nome dado ao processo que transforma materiais orgânicos em adubo.

É um processo que pode ser usado para garantir a circularidade de resíduos orgânicos produzidos nas cidades, por exemplo.

Seria como a ‘reciclagem’ desses resíduos, uma vez que eles depois de ‘descartados’ entrariam novamente no processo produtivo de alimentos, como adubo, fechando assim o ciclo. Sendo que isso pode acontecer indefinidamente, desde que esses resíduos orgânicos sejam separados na fonte onde são produzidos.

A compostagem é uma metodologia para a destinação adequada dos resíduos que tem sido cada vez mais utilizada e discutida e não poderia ser diferente, uma vez que 50% dos resíduos que produzimos são resíduos orgânicos.

Existem diversos tipos de compostagem dentre eles a compostagem seca ou termofílica e a vermicompostagem. Cada uma das técnicas tem sua particularidade e podem ser aplicadas em diferentes situações.

Tanto o processo de compostagem seca quanto o da vermicompostagem acontecem por microrganismos, a principal diferença entre eles é que na vermicompostagem o processo é acelerado devido a presença de minhocas.

As minhocas se alimentam da matéria que ao passarem pelo seu trato digestivo delas ficam cheias de muco. Esse muco é composto por microrganismos que promovem a degradação dos resíduos orgânicos transformando-os em húmus, nesse caso, húmus de minhoca.

Na compostagem seca também ocorre a degradação dos materiais orgânicos através de microrganismos como fungos e bactérias porém não há a presença de minhoca.  Nesse caso, por conta da atividade dos microrganismos acontece aumento de temperatura.

O processo de compostagem não produz odor, portanto, caso isso esteja ocorrendo alguma coisa está errada e principalmente pode estar atrelado a quantidade de umidade ou material seco utilizado na composteira.

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Entendendo mais sobre a Política Nacional de Resíduos Sólidos

A Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305 de 02 de agosto de 2010) apresenta diversos objetivos, princípios e instrumentos que devem ser considerados para uma adequada gestão dos resíduos sólidos urbanos e sua responsabilidade compartilhada entre todos os integrantes da cadeia produtiva.

Um dos instrumentos para fomentar a Logística Reversa e o retorno de embalagens pós consumo ao ciclo produtivo apresentados na Lei e descritos pelo Decreto regulamentador (7.404 de 23 de dezembro de 2010) são os Acordos Setoriais.

Como descrito, no artigo 19 do Decreto, os acordos setoriais são atos de natureza contratual, firmados entre o Poder Público e os fabricantes, importadores, distribuidores ou comerciantes, visando a implantação da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida do produto.

Segundo a Lei os acordos podem ser iniciados por fabricantes, distribuidores ou comerciantes e serão avaliados pelo poder público para sua aprovação.

Pela PNRS, no Artigo 33, são obrigados a estruturar e implementar sistemas de logística reversa, mediante retorno dos produtos após o uso pelo consumidor, de forma independente do serviço público de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, os fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de: I – agrotóxicos, seus resíduos e embalagens, assim como outros produtos cuja embalagem, após o uso, constitua resíduo perigoso (…) II – pilhas e baterias; III – pneus; IV – óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens; V – lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz mista; VI – produtos eletroeletrônicos e seus componentes. 

Além disso, no parágrafo 1º do mesmo artigo, a obrigatoriedade é estendida para produtos comercializados em embalagens plásticas, metálicas ou de vidro, e a outros produtos e embalagens que causam impacto a sáude pública e ao meio ambiente.

Desde de a promulgação da lei em 2010, diversos foram os acordos setoriais criados.

Atualmente os acordos setoriais implantados são:

– Embalagens de agrotóxicos;

– Pneus;

– Pilhas e baterias;

– Embalagens plásticas de óleos lubrificantes;

– Oléo lubrificante usado ou contaminado;

– Embalagens em geral;

– Lâmpadas fluorescentes.

No link que segue é possível ver mais informações a respeito dos acordos setoriais implantados.

https://www.mma.gov.br/cidades-sustentaveis/residuos-perigosos/logistica-reversa/sistemas-implantados.html

Existem alguns acordos setoriais em implantação como o de eletroeletrônicos, por exemplo, além de outros termos e decretos que são outros instrumentos previstos na legislação.

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Saiba o que é logística reversa e porque ela é tão importante.

Há alguns anos atrás o termo logística reversa era um tanto quanto distante do nosso diálogo informal diário, atualmente são palavras que escutamos com cada vez mais frequência.

E me diz, você sabe o que significa? Logística acredito que sim, mas e a reversa?

Bom, a logística apenas como conhecemos, é o processo de gerenciamento do transporte, armazenamento e distribuição eficiente de produtos. Essa área administrativa faz com que as mercadorias saiam dos fabricantes e cheguem até as gôndolas do supermercado para que possamos comprar. Diversos outros tantos produtos que consumimos como combustível, medicamentos e outros precisam de uma logística para que consigamos efetuar sua compra ou consumir algo.

Mas e a logística reversa, o que seria?
Basicamente a logística ao contrario, certo? rsrsrs

Em certa medida sim, vamos tentar te explicar melhor, entendendo o que a legislação diz.

O que diz a Lei

A logística reversa está prevista em lei, mais especificamente na Lei 12305 de 02 de agosto de 2010, conhecida como a Política Nacional de Resíduos Sólidos – PNRS. Lei ordinária que demorou 21 anos para ser elaborada e a 10 anos está em vigor. A lei apresenta princípios, objetivos e instrumentos, bem como fala sobre as diretrizes relativas à gestão integrada e ao gerenciamento de resíduos sólidos, incluídos os perigosos, às responsabilidades dos geradores e do poder público e aos instrumentos econômicos aplicáveis.

De maneira geral a Lei traz a responsabilidade compartilhada entre os diversos atores da cadeia, se preocupa com a questão dos catadores, aponta para o caminho da economia circular e para uma produção mais eficiente e sustentável.

Na legislação a logística reversa é caracterizada no Artigo 3º, item XII como instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada.

A logística reversa como tratada na lei é abordada de maneira ampla e aponta a necessidade do retorno dos resíduos para o reaproveitamento pelas empresas como matéria prima novamente, ou seja, de maneira simples trata-se do retorno dos materiais consumidos nas embalagens como plástico, alumínio ou vidro, por exemplo, para o processo produtivo, voltando a ser embalagens ou então outro produto constituído por esses materiais.

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E agora? Como reduzir os meus resíduos?

Em um post anterior perguntamos sobre a produção do seu lixo e apresentamos um cálculo para você estimar a quantidade produzida de cada tipo de resíduo em casa.

Nesse post agora, vamos apresentar algumas dicas para você sobre como reduzir sua produção de resíduo em casa.

A quantidade do nosso resíduo produzido está muito relacionada aos nossos hábitos tanto de consumo, como de organização e tarefas da casa.

Fazer um planejamento do seu consumo de alimentos perecíveis é fundamental para reduzir sua produção de resíduos na cozinha.

Esse planejamento também pode servir para o consumo de produtos de limpeza e higiene e pode fazer grande diferença no bolso, além de ajudar o meio ambiente.

O ideal é se planejar para atacar a questão na fonte! Então antes de ir as compras, verificar o que precisa ser comprado e fazer uma lista pode ser uma atitude e um hábito de economia e de redução dos desperdícios.

Se você cozinha bastante em casa, o que pode ajudar muito nesse momento é fazer um cardápio para as refeições, e manter a sua geladeira e dispensa organizadas, vai facilitar muito para visualizar os alimentos que você tem para utilizar, evitando compra em excesso e que estraguem por falta de consumo.

No banheiro, pode não parecer, mas utilizar papel higiênico de folha dupla ajuda a reduzir o consumo.

Outro ponto importante para a redução de rejeito produzido no banheiro é a substituição de absorventes e fraldas descartáveis por alternativas laváveis. Hoje em dia a tecnologia ajudou muito o desenvolvimento de produtos seguros e confortáveis.

Ainda no banheiro é importante estar atento as embalagens recicláveis, que devem ser separadas!

Já no quintal, os pets podem também ter atitudes sustentáveis ao utilizarem tapetes higiênicos laváveis. E na lavanderia, uma alternativa para reduzir o consumo e geração de materiais plásticos é optar por produtos que são concentrados.

Um ponto crucial para a redução significativa da entrada de plásticos em casa é optar pelo uso de sacolas duráveis durante as compras ao invés de sacolas plásticas e escolher por produtos vendidos a granel ou em embalagens retornáveis, também pode ajudar bastante. É importante olhar os rótulos das embalagens, muitos fabricantes apontam nos produtos quais materiais as constituem e se são recicláveis ou não. Opte sempre por materiais recicláveis e que tenham uma maior possibilidade de serem reciclados.

Enfim, parece muito coisa né? Mas aos poucos, e passo a passo, mudando pequenos hábitos, você vai perceber significantes reduções no consumo e enorme contribuição para o meio ambiente 🙂 O mais importante é começar!

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Vamos calcular a quantidade de resíduo que você produz.

No post anterior fizemos várias perguntas a respeito do seu lixo, para que você conseguisse avaliar sua produção e analisasse onde poderia reduzí-lo.

Nesse post vamos realizar um exemplo de cálculo para que você consiga quantificar quanto de lixo produz e de que tipo.

Agora que você já levantou quanto você produz de volume de resíduos na cozinha, nos banheiros e no quintal e também já anotou quantas vezes por semana você destina para a coleta pública e para a coleta de recicláveis, é simples, vamos fazer uma tabelinha para te ajudar com um exemplo:

Nesse exemplo de cálculo, a produção ocorre na cozinha, banheiro e quintal/lavandeira. Sendo retirados por semana: 4 sacolinhas de mercado na cozinha (40 litros), 2 sacolinhas no banheiro (20 litros) e 2 sacolinhas no quintal/lavanderia (20 litros). Como o mês tem 4,5 semanas, multiplicamos o valor semanal de 80 litros pelas semanas e obtemos 360 litros de lixo por mês e 4320 litros de lixo por ano.

Agora vamos calcular os recicláveis. Considerando que tudo o que é reciclável armazenamos no mesmo lugar, na cozinha.

Para os recicláveis o cálculo ficou mais fácil. No exemplo, considerou-se 35 litros produzidos por semana, que multiplicados por 4,5 semanas são 157,5 litros no mês e 1890 litros no ano.

Se você se identifica com essas quantidades, você e sua família produzem um total de 517,5 litros de resíduos por mês ou 6.210 litros de resíduos em um ano. Isso é o equivalente a um pouco mais que 6 caixas d’água de 1000 litros, bastante né?

No exemplo calculado, a parte dos recicláveis são 1890 litros do total de 6210 litros, ou seja 30% e o restante, 70% são os resíduos que foram classificados como rejeito.

Se você já separa e destina de maneira adequada os materiais recicláveis, que são os 30% isso já é muito bom!

Mas se analisarmos com atenção os 70% que classificamos inicialmente como rejeito, conseguimos dar uma destinação adequada para pelo menos 50% desse material. Esse volume corresponde principalmente ao material orgânico proveniente da cozinha.

Assim como as embalagens podem ser recicladas e entrar novamente na cadeia produtiva, o material orgânico também pode ser ‘reciclado’ e retornar para ser utilizado novamente. E como isso? Através da compostagem que vai transformar o material orgânico em composto e fertilizante líquido.

Você acha que não está preparado para fazer compostagem? Tem dúvidas, receios e insegurança? Continue nos acompanhando, te ajudaremos a transpor essas dificuldades para destinar uma maior quantidade de resíduos que produz para a destinação adequada, além de dicas para diminuir o volume dos resíduos.

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Você sabe quanto lixo produz?

Como saber quanto de lixo você produz e como fazer para reduzí-lo.

Nesse período em que estamos reclusos ou com nossas atividades sociais limitadas, nossa casa se tornou um grande refúgio. E com nosso universo bastante reduzido ao lar, passamos a observar coisas que antes não eram tão percebidas, como a produção do nosso resíduo, por exemplo.

Em média um cidadão urbano, produz de 1,2 quilos de lixo diariamente, e talvez muito por conta da nossa vida social, trabalho e alimentação fora, não percebíamos tão nitidamente isso, uma vez que íamos deixando nosso lixo por ai.

Mas em casa não temos como ignorar ele, não é mesmo? E o mais legal é que podemos analisar, calcular e mudar pequenos hábitos que podem nos ajudar e muito a reduzir nosso volume de resíduo.

Para conseguir quantificar seu lixo, elaboramos algumas perguntas.

1- Em quantos tipos você separa seu resíduo? Ex: reciclável e rejeito ou reciclável, orgânico e rejeito.

2- Quantas vezes por semana você cozinha em casa?

3- Quantas vezes por semana você retira o lixo da sua casa para a coleta? Quantas vezes são retirados os recicláveis e o rejeito?

4- Quantos banheiros você tem em casa e quantas vezes por semana você retira o rejeito?

5- Você tem quintal? Tem pets? Quantas vezes por semana você limpa e retira esse rejeito?

Respondendo as perguntas e acompanhando nosso próximo post você vai conseguir ter uma estimativa do quanto de lixo você produz.

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Pegada Ambiental

Já parou para pensar na sua pegada ambiental ou pegada de carbono?

A pegada de carbono é uma métrica que avalia o impacto das atividades humanas  no mundo.

Esse cálculo relativiza  as ações em emissões de dióxido de carbono (CO2) equivalente. Vichi complicou? Bora descomplicar…

E por que o CO2? Por ser um importante gás do efeito estufa que é emitido em quase todas as atividades que realizamos: como transporte, alimentação, produção etc. E está diretamente relacionado ao nosso consumo e estilo de vida.

O aumento constante desse gás na atmosfera é o grande responsável pelas alterações climáticas que vivenciamos hoje e que sabemos que no futuro tende a ser pior.

E O QUE VOCÊ TEM A VER COM ISSO? TUDO!!!!

Você pode reduzir seus impactos no mundo, reduzindo sua pegada de carbono!

Mas antes disso, que tal saber o quanto você emite, já parou para analisar?

Existem sites que disponibilizam uma calculadora  para realizar esse cálculo e alguns direcionam para compensação financeira disso ou  plantio de árvores.

A ideia aqui é fazer com que você pare e pense em tudo que influencia a sua pegada de carbono.

Mas já dando spoiler antes de você calcular sua pegada na sua rotina, os seus hábitos de consumo e o que você faz com o seu lixo doméstico são pontos que influenciam nas suas emissões de carbono.

Aqui são alguns sites que possuem ferramentas de cálculo da pegada de carbono.

https://www.iniciativaverde.org.br/calculadora/index.php

http://www.neutralizecarbono.com.br/calculadoradecarbono/

https://www.carbonfootprint.com/

No site da WWF existem alguns materiais interessantes sobre esse tema.

https://www.wwf.org.br/natureza_brasileira/especiais/pegada_ecologica/

E ai, vamos repensar e agir agora para um planeta mais limpo?