Como resolver a geração de lixo nos centros urbanos???
Ativistas de redes sociais podem provocar mudanças, pois promovem discussões importantes, que sensibilizam milhares de pessoas, mas mudar seus hábitos e se responsabilizar pelo lixo que produz, é transformar a sociedade num mundo melhor.
REAJA, COMECE POR VOCÊ!!!

Existe uma sobrecarga no planeta Terra, nossa demanda por recursos ecológicos renováveis e os serviços que eles fornecem é atualmente equivalente a mais do que 1,5 Planetas Terras. Estes dados nos mostram que estamos no caminho de atingir uma demanda de recursos equivalentes a dois planetas bem antes da metade do século. Desde 2001, o dia de Sobrecarga da Terra vem sendo antecipado, em média, três dias a cada ano. Nossa dívida ecológica está se multiplicando e estamos pagando juros altíssimos como escassez de alimentos, erosão do solo e o acúmulo de CO2 na nossa atmosfera. Toda essa dinâmica resulta em custos humanos e monetários devastadores. Mais de 27 mil toneladas de lixo são produzidas por dia na região metropolitana de São Paulo, só na capital cerca de 20 mil toneladas dia vai para 2 aterros sanitários. São necessárias pelo menos 2.282 viagens de caminhões trucados todos os dias para transportar esse material, ainda assim estima se que 37% do total de resíduos acabam tendo destino inadequado (bueiros, rios etc). Mais de 50% do resíduo domiciliar urbano é de matéria orgânica, que pode ser compostada fornecendo nutrientes para cultivos de hortas e plantas ornamentais. Atualmente 37% dos paulistanos vivem em condomínios residenciais e este setor movimenta 13,2 bilhões por ano, empregando 6 mil pessoas (LELLO, 2014).
Atualmente existem 21 mil condomínios na Capital Paulista (LELLO, 2014). Na média os condomínios, tem 1,7 blocos com 78 apartamentos (LELLO, 2014), se considerarmos que cada habitante na cidade de São Paulo produz ao redor de 1,1 quilograma de resíduo sólido diariamente (ABRELPE, 2017; CETESB, 2018) e que a família urbana é composta em média por 3 indivíduos por unidade domiciliar (IBGE, 2008), temos uma geração de 257,4 quilos de resíduos por condomínio por dia. Esse volume de resíduos pode ser classificado em 51,4% desse resíduo é matéria orgânica, 31,9% são materiais recicláveis e 16,7% outros materiais (COALIZÃO EMBALAGENS, 2017).
Os condomínios residenciais de prédios são instalações arquitetônicas que existem em toda a cidade e tem se expandido em número no decorrer dos anos. Segundo Lello em 2014, a cidade contava com 10.080 condomínios na Zona Sul da cidade, 6.300 na Zona Oeste, 2730 na Zona Leste e 2100 na Zona Norte. Portanto, o mercado para o projeto tem como foco todos os cidadãos que vivem nesse tipo de moradia em São Paulo e que possuem preocupação ambiental.
O Projeto ReAja foi criado para promover a gestão adequada dos resíduos sólidos urbanos gerados em condomínios de médio e alto padrão. Garantindo a segregação na fonte dos materiais recicláveis e sua destinação para cooperativas e catadores individuais. A matéria orgânica será compostada gerando substrato para a as atividades do paisagismo e da horta urbana comunitária que produzirá alimentos saudáveis para os condôminos.
Com esse projeto até 80% dos resíduos deixarão de ir para os aterros, aumentando assim sua vida útil. O projeto se apresenta como uma solução importante e sustentável economicamente. Além disso, seu impacto social e ambiental positivo em diversas frentes ao propiciar educação ambiental, diminuir a desigualdade social (aumentando a geração de renda dos catadores) e a possibilidade de acesso à informação sobre a separação dos materiais, se concretizará como uma alteração no paradigma da destinação de resíduos orgânicos.
O projeto ReAja se tornará um novo modo de agir e um novo hábito dos moradores que estão preocupados com os impactos que geram.
Este é meu primeiro post no meu novo blog. Este é só o começo do blog, então fique de olho. Assine abaixo para receber notificações das minhas postagens novas.
